Vilar de Mouros

Sabe bem quebrar aquilo a que estamos acustumados.
Chegamos ontem, a este lugar tão tranquilo, tão diferente. Era fim da tarde, e estavamos a saír do carro e sentimos este chão poeirento, com pedras e sem qualquer alcatrão debaixo dos nossos pés. Passámos o tempo depois do jantar a conviver, ver televisão e coisas a que não estou habituada em casa. Vejam lá, eram 4h da manhã e estávamos nós a jogar dominó e cartas (não jogava dominó desde os meus tempos de pequenina, gostei tanto).
Hoje, depois do almoço e depois de descançar a barriguinha fomos à tão maravilhosa levada. Não via aquela àgua à tanto tempo, soube tão bem sentir o fresco na pele e ver as libelinhas a saltitar de um lado para o outro.
Fiquei tão maravilhada com os cenários para fotografia que aqui tem, já me pus a brincar com a maquina, mas a ver se amanhã brinco com a maquina e ponho a loira a fazer de minha boneca de porcelana.
Agora estou aqui na companhia da loiráça e da loiráça mais velha e apeteceu-me escrever, pode não ser sobre nada de especial até, mas apeteceu-me.

Voltei a confirmar o que já suspeitava mas continuava a tapar os olhos para não ver. Estás cada vez menos perfeito e vulgar. De um momento para o outro parece que toda a gente importante decidiu mudar (para pior aos meus olhos , para melhor aos olhos de outros e deles próprios talvez). Vocês dão o nome de "crescer" para o que se está a passar com vocês, pois bem meus amigos, se isso é crescer quero ficar pequenina para sempre.

Deixou-me tão triste ler aquelas palavras e aqueles simbolos que outrora lia no meu telémovel e agora vejo-os saindo de ti em todo o lado. Não eras assim, eu sei que não.

Passou um ou dois dias só, mas já tenho saudades dos meus meninos e da minha outra menina a que hoje fiz questão de telefonar e vi que está tudo bem com ela. Para vocês desejo-vos tudo de bom como vocês sabem. BCXPJ